Apresentação
Uma poesia! Para que serve? Para que poetizar? Para passar o tempo? Para brincar com as palavras? Dizer o que invade o coração sem a necessidade de identificar-se? Afinal, já dizia Fernando Pessoa, “o poeta é um finge-dor”, dores que são suas colocadas na boca de outros, dores totalmente alheias tomadas para si com sendo suas.
Talvez, uma poesia sirva para isto e tantas outras questões que ela permite ao poeta ou para quem lê.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem-se bem,
Não asa duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
(PESSOA, 2004)
Assim, é Valores humanos: sonhos possíveis. Alunos viajaram na imaginação mais uma vez, pensaram, repensaram os próprios pensamentos acerca da importância dos valores, valores dos quais muitos seres humanos desconhecem o próprio valor.
Transformaram os pensamentos, as reflexões, com uma dose ampla de emoção, em poesia. Usaram e abusaram das palavras, brincaram com as rimas, enviaram recados aos desavisados dizendo que eles sonham com uma sociedade em que os valores humanos sejam levados a sério. As palavras ganharam vida. Não que elas estivessem mortas. Palavras não morrem, nem envelhecem, por isso não há limites para quem escreve. O tempo é infinito, livre e sereno, qual gaivota que beija as águas do mar num voo rasante.
Valores humanos: sonhos possíveis é um convite a reflexão em uma sociedade que conhece muito de informação, mas pouco, de comunicação. Uma sociedade em que os valores humanos vêm perdendo seu espaço no âmbito escolar e precisa ser resgatado com urgência.
Enfim, é mais um livro sem a necessidade de interpretação. Apenas leia, viaje em cada poesia, em cada história. Sinta-se também um pouco criança com a fala de cada uma delas. Desperte o poeta que dorme, dentro de você, um sono leve, ou profundo, mas que a qualquer momento pode acordar e poetizar diante das coisas mais simples.
Leia, releia, pense, repense com a fala dos nossos alunos.
Professor: Francisco Donisete de Oliveira
Organizador da segunda Arte Poética
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